O Sport segue seus últimos preparativos em solo pernambucano para participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal torneio de Base do Brasil. Mesmo com um elenco jovem e bem diferente do que disputou o torneio este ano, o Sub-20 leonino traz alguns destaques e, dentre eles, o principal é o volante Alesandro. Aos 19 anos, o atleta é o capitão da equipe e carrega o status de líder do grupo. Um dos mais experientes, ele participou da Copinha este ano e, em 2016, foi vice-campeão da Copa do Brasil Sub-17 – além de levantar a taça do Pernambucano Sub-20 no ano passado. Ciente da responsabilidade, o baiano – natural de Salvador – falou sobre sua expectativa para a Copa SP e espera exercer bem sua posição de liderança.
“A expectativa é grande. Estamos com um elenco bom e com a garotada que veio do Sub-17. Estamos ansiosos para chegar o dia 3 e fazer uma grande estreia. Mesmo com alguns jogadores indo para o profissional, vamos com uma equipe boa e muito focados. Vamos seguir trabalhando para fazer uma boa competição. Quanto a responsabilidade, me sinto na obrigação, por ser um dos mais antigos no grupo – juntamente com Everton (goleiro). Me sinto na obrigação de estar na liderança, pegando no pé… Puxar quem estiver errado e dizer ‘o caminho é esse, vamos por aqui’… Só assim vamos chegar ao nosso objetivo”, disse o meio-campista, que está no Sport desde 2014 – quando atuava pelo Sub-15.
Diferenciado, Alesandro tem a aprovação do técnico Wilton Bezerra, que destacou os pontos fortes do jogador. “Alesandro é um volante muito moderno, que chama muito a minha a minha atenção, pois ele é abrangente. Ele faz muita cobertura, chega na frente com força e quando é vencido tem velocidade para voltar a recuperar. É um líder, o nosso capitão. É um atleta completo e tem tudo para chegar no profissional do Sport. Precisa aprender muita coisa, logicamente, mas está num caminho muito bom. É um jogador muito disciplinado”, disse o comandante do Sub-20.
Com grandes poderes, grandes responsabilidades. E sacrifícios. Sem tempo para comemorar o réveillon, a delegação rubro-negra viaja às 1h50 do dia 1º de janeiro – para estrear no dia 3, às 15h (horário do Recife), contra o FF Sports-AL, em Assis/SP. Além de não aproveitar o clima de ano novo, Alesandro se ausenta justamente no aniversário da esposa, Gabriela, e a deixa junto com a filhinha do casal, Maria Flor, de apenas seis meses. Um preço que é pago em prol do investimento na carreira.
“É um sacrifício, e a viagem será justamente no aniversário da minha esposa também. Mas é um esforço que vale a pena. É o futuro da gente que está em jogo. Conversei com ela e houve um acordo quanto a isso. Estou investindo na carreira, que é o mais importante. Temos que pensar no trabalho também”, pontuou.
BABÃO
Não é pelo seu verdadeiro nome que Alesandro é conhecido entre os colegas do Sub-20. Chamado por todos de “Babão”, o volante revelou a origem do apelido que já o acompanha desde Salvador. “Na Bahia a ‘pelada’ se chama ‘baba’. Eu era fominha, tinha minha bola, ia para um campo ou uma quadra e ficava chutando pra um lado e pro outro. Teve um dia que ficaram me chamando ‘babão’, e pegou. Quando cheguei aqui (ao Sport) Caio (também do Sub-20) me chamou assim e a galera não entendeu muito, pois aqui esse nome tem um significado diferente. Os companheiros tiram onda, mas é normal. É uma brincadeira sadia e levo na esportiva”, contou.