O dia de luto pelo falecimento do Coronel Adelson Wanderley, também serviu para os atletas rubro-negros relembrarem de histórias vividas ao lado do Gerente de Futebol do Sport Club do Recife. Outros que já deixaram o Leão usaram as redes sociais para prestar homenagens ao Coronel. Foram os casos de Diego Souza, Rithely, Éverton Felipe, Anselmo, Thomas e Neto Baiano.
Os que ainda jogam no Sport contaram várias histórias do eterno gerente. Uma delas envolve a negociação do zagueiro Durval com a equipe do Belenense, de Portugal. O ano era 2007. Considerado um dos melhores zagueiros da atualidade, os dirigentes portugueses estavam dispostos a pagar a multa rescisória junto ao Leão. Porém, existiam dois problemas a serem resolvidos: nem o Clube queria se desfazer do seu zagueiro, nem o jogador se mostrou muito disposto para ir para o time além-mar.
“Eu não queria ir. O Sport não queria que eu fosse, mas os portugueses pagaram a multa e não tínhamos muito que fazer. Foi aí que alguns diretores, juntamente com o coronel Adelson, entraram no circuito. Não sei o que fizeram. Só sei que a Federação Pernambucana fechou as portas antes que o portador da documentação da minha transferência chegasse com o documento. Sem essa entrada na FPF, minha contratação ficou impossibilitada e eu permaneci no Sport”, disse Durval, aos risos, lembrando que procurou saber com Adelson o que houve e o mesmo teria respondido: “Você acha que deixaríamos você ir embora assim?”.
O goleiro Magrão esteve no velório de Adelson Wanderley e relembrou de uma ajuda que recebeu do Coronel assim que chegou à Ilha do Retiro. O camisa 1 precisou pegar R$ 3 mil emprestado para pagar o aluguel. Na hora de devolver o dinheiro, Adelson não lembrava sequer do empréstimo. “Ele era um cara de uma bondade extrema”, disse.
Wanderley também faz parte da vida dos atletas que saíram da base para o elenco principal. O volante Neto Moura e o goleiro Maílson lembram das palavras ditas pelo dirigente que fazia questão de estar presente no ato da assinatura do primeiro contrato destes atletas com o corpo profissional rubro-negro. “Todo garoto da base que ia assinar com o profissional ele estava presente. E sempre soltava alguma coisa. Comigo mesmo ele brincou dizendo que, de agora por diante, eu teria que matar um Leão por dia. E emendou dizendo “não o nosso Leão. Você entendeu””, relembrou Neto Moura.
No caso do goleiro Maílson, o Coronel Adelson foi um visionário. Entendedor de futebol que sempre foi, viu no jovem arqueiro um futuro promissor. “Quando eu fui assinar meu contrato ele falou: “Você está chegando para ser o quarto goleiro. Depois será o terceiro, segundo e fique certo que um dia será o primeiro. Não desista. Magrão um dia vai se aposentar”.
HOMENAGENS
Os atletas Hernane e Magrão se despediram do Coronel Adelson na Sede da Ilha do Retiro. Eles falaram com os familiares e prestaram suas condolências.