O novo técnico do Sport, Claudinei Oliveira, foi apresentado na tarde desta quinta-feira (26), no CT José de Andrade Médicis, após comandar o primeiro treino no Leão. O treinador, de 48 anos, chega ao clube rubro-negro após um trabalho de praticamente dois anos no Avaí.

“Tivemos que rapidamente ir em busca de um nome que tivesse dentro do perfil que buscamos, daquilo que se enquadra na realidade do mercado. Buscamos informações que agregam e nos trazem segurança para que ele possa fazer tudo que se espera nesse momento, pela experiência e pelo trabalho que já realizou em outras equipes”, disse o executivo de futebol leonino, Klauss Câmara.

Confira, em tópicos, a entrevista coletiva de Claudinei Oliveira:

Chegada ao Sport

A gente espera que consiga colocar o nosso trabalho aos poucos, até porque a equipe vem de um bom jogo com o Botafogo. Com relação ao desafio, encaro como uma grande oportunidade. Quero chegar, fazer meu trabalho, inverter essa realidade do Sport de estar trocando muito de treinador. Venho de um trabalho de 102 jogos e quase dois anos. Você conta nos dedos isso. Se a gente completou isso é porque agrega algo positivo, no gerenciamento de grupo, e no campo. Estou pisando numa grande equipe, campeã brasileira. Recebi bastante ligações, todos felizes porque sabem que estou indo para uma grande equipe. Estou muito feliz.

Primeiras impressões

Pressão você tem em todos os lugares. O que senti é pela grandeza do Sport. Cheguei agora, mas minha preocupação é gerenciar o grupo de atletas, colocar um bom time em campo e ganhar jogos. Infelizmente a cultura do futebol é imediatista, mesmo com projetos a longo prazo para treinadores. A gente tem que saber disso e o desafio é que a gente possa ter sucesso.

Avaliação do elenco

O campeonato está iniciando, a gente tem que estar sempre com as portas abertas para jogadores bons, mas dependemos do mercado. Para isso temos pessoas para analisarem junto conosco as opções. A gente tem que buscar jogadores que venham qualificar o elenco, não adianta quantidade. Sem desqualificar os jogadores que estão aqui, que são grandes jogadores. A gente vai buscar o melhor de cada atleta, e sabe que quem vier vai nos ajudar. Mas se vier vai brigar por posição, não vai chegar e ser titular.

Perfil jovem

Da minha parte venho para trabalhar, qualificar a equipe, ter um time organizado. Acho que estou aqui pelo trabalho que fiz no Avaí, ano passado, onde com uma folha muito inferior às outras equipes brigamos até a última rodada para não cair. Acho que fiz um bom trabalho que me proporcionou estar aqui. E pode ter certeza que vou agregar, vou fazer um grande trabalho aqui e pelo que percebi dos atletas, a vontade deles é grande de fazer acontecer, eles vão me ajudar muito.

Estilo

Acredito muito numa equipe organizada. Não tenho uma ideia, uma forma de jogar. Depende das características dos jogadores, do momento técnico. Pode ser num  4-1-4-1, 4-2-3-1. O que prezo é pela organização com qualidade, e é isso que a gente vai buscar. Não vou cravar uma forma que vamos jogar. O que posso dizer é que não uso futebol como tese de mestrado. A gente quer que a equipe tenha sucesso, encontrando a melhor maneira de encaixar os atletas.

Equipe para estreia

A gente tem que aguardar jogadores que não treinaram hoje, não dá para falar a equipe que vai iniciar ainda, mas teoricamente vai ser a mesma que iniciou com o Botafogo, onde o primeiro tempo foi até melhor que o segundo na minha avaliação. A gente tem que mudar para melhorar, mas o time foi muito bem.

Meta

Cheguei hoje, estamos começando a trabalhar. A primeira meta é permanência. Mas você mirar o 16º lugar é perigoso, temos que brigar na Sulamericana pelo menos, porque caso a gente não consiga o objetivo, não teremos sustos. Passei para os atletas que Série A não pode escolher adversário. A atenção tem que estar mais alta possível sempre. Acho que temos atletas que podem nos colocar em uma boa posição. Temos que ir colocando nossos pensamentos aos poucos, para os jogadores irem entendendo, e a equipe evoluindo.